quinta-feira, 30 de abril de 2009

Retórica da Renúncia (trecho)


"Por razões supérfluas desisti. Contudo é cada vez mais intrigante o meu comportamento:parece que não desisti. Preciso ir naquele lugar de novo, ver novamente aquilo que me desorientou e desmotivou para eu saber que ainda faz sentido eu não ter vontade de continuar. Tenho medo!Se me aceitarem? Vou ter que renunciar tudo o que não construi? As minhas condições para passar mais uma vez pelo processo de desistência são fracas. Erigir toda uma esperança e depois ter que abandoná-la pelo simples fato de ela não existir assusta-me! Fico em pânico quando lembro que isso é certo como morrer, principalmente eu que tenho essa tendência horrível de complicar a desilusão. É por que não é bom nem ruim, não há saúde nem enfermidade e esse estado de nada nos habitua tanto a ficarmos em cima do muro que qualquer trauma pode destruir o que não se quer nunca que se construa e é exatamente por aí que devemos observar. Não estou aqui e nem queria estar de forma alguma."(pág 7)


Por: A personagem, que não se identifica

Um comentário:

  1. além de cantar, tocar, você também escreve?
    adoooro!! ^^

    adorei esse texto...

    bjão!

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