sábado, 24 de julho de 2010

Carta ao Presente Momento


Preciso escrever isso pra poder rir depois
Como sempre acontece nesses momentos
Momento este que abro meus sentimentos sem ter medo de quem irá ler
A tristeza nunca me foi tão presente, mas estou escrevendo, eu preciso
Meu acordo é perpetuar essa fase tão peculiar, como tudo que me é singular e eu anoto
Depois eu lembro do momento e vejo que era ridículo mas que merecia ser eternizado
Quero deixar isso bem aqui, nessas linhas digitadas, que por preguiça não escrevi em folhas de papel
Esqueça de mim momento, você está aqui sacramentado, precisa mais de que?
Juro te dá mais atenção ao te ler, mas por favor devolva toda a minha animação, não é sua, não vendi nada
Todos já sabem que não sou de pedra, mas eu precisava parecer ser
Eu fui no coração selvagem, e cá estou, com jeito de onça, brabo
Prometo não mais usar de vida nenhuma pra encontrar felicidade
Devo buscar isso tudo em mim primeiro e sei que não fez mais que o certo porém dói muito
Estou igual criança, ou sou uma?
Espero ser atendido Senhor
Atenciosamente


Ser Humano

domingo, 18 de julho de 2010

Poema da Carne Suja


Meu desejo
Meu desespero
A mercê de uma falsa identidade
Sofrendo por um sorriso sem vontade

Onde encontro tua forma verdadeira?
Na lixeira?
Incomoda-me tua infinita besteira

Ando a mercê de uma prisão de libido
Meu infinito desejo
Carnal
Anal
Tua infinita insaciação é o retrato desse desespero
Me deixa!
Me larga!

Essa tara ainda vai acabar
E eu vou procurar uma criatura verdadeira
Que não precise me chupar a noite inteira pra depois chorar

Vá até a lixeira, pegue sua identidade e lave-a, depois se lave!