Você tinha morrido por um tempo
Lembro de ter visitado seu túmulo várias vezes e levando flores
Toda vez que você morria eu ia na sua sepultura
Juro que pensei que sua alma tinha descansado para sempre
Você não morre, é incrível, é chato
Fui novamente ao seu túmulo e você tinha voltado, sempre belo e com aquele ar de solidão que me deixa feliz
Amo sua solidão que ressuscita, que me ressuscita, que sempre volta
Mas eu cansei do seu fantasma ao meu redor
Por que não morres realmente?
Não posso tocá-lo, beijar seus lábios rosados, não posso ter sua arrogância fingida, sua fragilidade
Não volte a me assombrar com o que nunca existiu
Há somente aquelas lembranças da sua melancolia perene
Volte para seu túmulo
Não levarei mais flores dessa vez
Alternativo é Eufemismo
terça-feira, 2 de julho de 2013
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Sua morte em mim
É melhor que você morra pra que eu deixe de te escrever
É melhor que você morra pra que eu leve flores ao seu túmulo
É melhor que você morra por que sua ausência física me alegraria
É melhor que você morra pra eu pensar que você já não existe, e é o melhor
É melhor que você morra na minha mente
É melhor que você morra e só assim eu poderei te amar sem remorso
É melhor que sua morte em mim venha e que a notícia chegasse de uma vez e para sempre ficasse, a sua morte em mim...
É melhor que você morra pra junto da tua cova enterrar minha dedicação a te, minha renúncia de mim mesmo, minha melancolia por sua ausência viva, de quem quero que morra, morra em mim, morra de uma vez, apodreça e esvaneça distante da minha felicidade
É melhor realmente que você morra e pare de respirar meu ar, de invadir meus pensamentos, de coibir o andar da minha rotina, de me fazer gastar pensamentos com sua matéria viva; morra meu bem, morra que eu preciso te enterrar, morra que eu preciso te esquecer
domingo, 16 de setembro de 2012
Lista Não Perecível
Eu preciso das suas delicadezas,
Dos seus lenços cheirosos,
Das suas anedotas sutis,
Dos joelhos redondos,
Dos sapatos singelos,
Dos beijos com demora,
Do ato,
Do teu suor após o ato,
Dos nossos planos juvenis precipitados,
Das nossas conversas intelectuais,
Do teu bumbum empinado,
Das tuas camisas desajeitadas,
Da tua voz baixa,
Tua barba fininha,
Tua mão lisinha,
E, antes de minhas necessidades serem atendidas, preciso do
teu perdão em CAIXA ALTA
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
As Loucuras Que Eu Fiz
A loucura que eu fiz foi te amar sem me amar
A loucura que eu fiz foi te dizer meus frágeis sentimentos
A loucura que eu fiz foi deixar-me dependente de você
A loucura que eu fiz foi te dá créditos sem desconto
A loucura que eu fiz foi te buscar amarrado
A loucura que eu fiz foi te fazer mal sem motivo de vingança
A loucura que eu fiz, dentre tantas loucuras, foi deixar-me
não te esquecer
Remorso nutrido com os dias quentes
Sua imagem, sua assombração piedosa, meu medo...
Tudo por que não sabia eu que loucos não sabem amar
Amar é uma loucura para os sãos
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Auto-Acordo
Veja só Meu Amor, você não é mais Meu Amor
Eu continuo exclamando esses vocativos tolos,
continuo nesse convencimento naturalmente despertado
Veja só, meu ex-amor na visão terceirizada da
situação, essa condição sentimental problemática
Eu tenho sonhos contigo, com seu perdão e
compreensão ilusionalmente compreendidos, realmente não,
realmente acordo e me
deprimo com o verão
Eu não te vejo por aí, mas meus olhos sempre te
vêem, meus poemas sempre falam de você e te ver por aí seria o caos, seria
concretamente comprometedor para minha rotina ociosa
Vamos fazer um trato, um trato não-relacional, um
trato em que você concordaria na minha mente em deixar minha mente, por que só
te tenho assim e, contudo, a vida concreta está prejudicada, vamos então?
Meu ex-amor faça da minha mente sua ex-mente, eu te
ajudo, aliás, eu me ajudo
Me ajudo?
terça-feira, 31 de julho de 2012
...
Tenho dentro de mim varios sentimentos prontos para serem compartilhados, um carinho e um amor que não cabem em mim.
Alexandre Andrade
Alexandre Andrade
domingo, 8 de julho de 2012
Semestre
Fim
do semestre, monte de trabalho, monte de convite, nada de dinheiro... Enfim. Eu passei metade do tempo me dedicando ao
passado, tentando reaproveitar minha consciência e poder fazer daquilo que se
foi uma etapa, fazer do meu choro desesperado um inevitável momento de
decepção. Não dá, não houve decepção, houve incompreensão, insegurança e falta
de umas mãozadas.
Ainda
fico nessa expectativa de poder te encontrar e nesse encontro você vai me abrir
um sorriso e dizer que me perdoa e que posso te perdoar também (nem tudo é
unilateral nessa história!). Algumas pessoas viam que eu estava bem contigo,
isso não chega nem perto do que eu sentia, não era só um simples “estar bem”,
eu tinha felicidade ao teu lado, tinha segurança, tinha um grande amor e
poderia compensar a ausência de qualquer romance pelo resto da vida, poderia
sim.
Há
alguns meses venho tentando me acostumar a não mais me lembrar de te e, por fim,
quero apagar seu nome da agenda do meu telefone. É, eu olho seu nome na lista e
fico pensando no que pode acabar quando
se está com a cabeça fora do lugar e um celular na mão. Não quero transferir minha
responsabilidade, nunca! Quero a realidade, a realidade mais viável pra poder
ficarmos juntos com todo rancor que possa existir. Viveremos na imperfeição
assumida, no ódio por atos idiotas, na consciência de que tudo aquilo que
estaremos tentando construir novamente já virou merda um dia e que agora
teremos milhões de razões pra sermos pacientes (eu?).
Eu
não consigo entender. Na verdade eu não consigo internalizar valores básicos
pra que uma relação exista. Há certas coisas imperdoáveis e por aí começa minha
falta de noção pra entender que não posso fazer propostas de “entendimentos”
quiçá viverem em um grande amor e ligações durante o dia.
Já
que ainda é difícil pra que eu entenda tudo isso, que eu me conforme, esqueça e
siga em frente, queria ao menos que entendesse somente isso, internalize essa
minha incompreensão toda, aflição, afinal, eu errei feio, mas só por que eu
estava sentido felicidade, isso mesmo, a felicidade.
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