segunda-feira, 6 de abril de 2009

Questão de Impulso

Habituei-me a mudar
Correspondo sempre de forma nova
E se não mais te reconhecer
Se não mais me acusa em nada é por que já não penso o que fiz e se fiz foi puro impulso, impulso de nunca ser previsível
Não por querer ser previsível mas por uma questão de impulso
Por saber que quando acordar amanhã posso estar arrependido de tudo que falei hoje e depois me arrepender de tudo que falei ontem que será o amanhã
Assim eu metamorfoseio minhas concepções
Sobre tudo, tudo mesmo
Essa seleção natural de repúdio a rotina deixa-me vivo
Tornei-me humano
Se eu mudar de repente não se magoe
É corpo e mente se habituando, sempre se habituando
O que eles querem é nunca se habituarem definitivamente

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