quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ontem ( bom começo)

Ainda me lembro
Havia sempre bons motivos
Acreditei mesmo no horizonte
Percorri um destino jamais imaginado
Precisei de esperanças
Pois fui nutrido com desilusões
Contudo ainda me lembro
Meus amigos eram boas pessoas
Nossa filosofia foi morrendo com o tempo
Tudo se esvai com o tempo
Os sentimentos que tínhamos revelavam um fututo tão bom
É tão triste
Essas coisa se vão
Nosso mundo perde isso a todo instante
E quando refletimos vemos que ele piorou um pouquinho a mais que ontem
Talvez nunca sejamos mesmo felizes
Mas vamos pelo menos tentar ser aquilo que realmente somos

Surto


Não vejo minha vida
Aluguel breve
Não tenho mais tanto o que perder
Já não há sorrisos
Não ficarei por aqui iludindo a todos
Sou realista, sou ilógico
Sou folha de xerófilas
Não me importo com a tuberculose
Essas enfermidades
Morrer deixa saudade
Viver deixa sofrimento
Por que? O que eu perguntei?
As pessoas não são felizes
Quando lembro que sou uma pessoa...
Um exemplo de sem futuro
Eu procurei me alegrar com química
Joguei fora a infância tão cedo
Fiz coisas indevidas
Vi olhos amarelos
Essa cor em roupas é feia
Mas no rosto...
Ainda amo viver
Que pena

Prova Real

Eu tenho um sonho
Do tamanho do meu medo
Ele não cabe em mim
Sou pequeno
Tenho pucos atributos
O meu sonho é vIver
Do jeito original quando inventaram o verbo
Não quero o viver tentando viver
Viu por que ele não cabe em mim?

Pique - Esconde

Se Deus quis tanto isso
Era preciso se esconder tão bem?
A graça da brincadeira está aí
Nós fomos forçados a isso
tivemos que sofrer
Mas não podemos nos esconder dele
Mesmo com o quintal tão grande assim
Deus adora essas travessuras
Por enquanto ele tá ganhando
Ainda não o achamos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Esclarecimento

Em fim, estamos presos de novo
Agora eu pensei bem
Eu pensei muito mesmo
Pensei tanto que fiquei burro
Os meus resultados são desse jeito
Eu passo horas tentando adivinhar o que estamos mesmo fazendo no mundo
Eu não aprendo nunca, e em vida é tudo assim, só pensando
Fico profundamente magoado comigo
Não sei fugir de mim, não consigo pensar no que eu não invento
Triste destino
Minha história de gente é por aí
Contudo não tenho medo de morrer
Tenho medo de morrer sem ter vivido

sábado, 20 de dezembro de 2008

Fotos

E os que se amam?
Vão embora quando for dezembro
Ao menos um vai
Quem fica já não vive
Lembra a todo momento de
quando ainda era janeiro
E agora vê a lua sozinho
Conta os dias na esperança
Mas não é mesmo mais tempo de morangos não é!
Já não há nem raízes
Não se preocupe
Quando chegar a tarde você
ainda terá lágrimas
Quando souber e é exatamente isso,
naquele instante em que se der conta
que poderia ter sido tudo diferente
Deus não quer o mal mesmo
Era você que não queria o bem
Pensando em céu, em inferno
Você não me viu
Então agora abre os olhos
Já é dezembro.

Perdão

Desculpem os anjos
Os anos não foram tão bons
Desejem que os anos
Venham e tragam seus dons
Desculpem os anjos
Eles não aguentam mais
ver sua família assim
E quando você deita
E pensa no futuro
Eles estão sempre alí
Prontos pra seguir seus passos
Prontos pra qualquer fracasso
Desculpem os anjos
Se eles não o buscam
Mas os mesmos anjos
Não aguentam sua fuga

Essa












Meu poema mais triste é esse
Minha vida mais triste é essa
Só tenho ela!
Mas agora sei
Sei que nunca tive esperanças
Devia ter sido morto
Apagado, sem cinzas
Não sei se sou culpado
Sei que tudo está guardado
Em um diário trancado
No fim do mundo
Jogado no fundo de um riacho
Não sei...
Só sei que minha vida mais triste é essa
O poema está na dúvida