quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eve

Se eu pudesse rolar sobre seu corpo
Dizer no teu ouvido os mais lindos versos
Fazer tudo, como tocar seu rosto
É assim que te desejo: sem crítérios

Se eu dissese isso que sinto
Vós jogaria em mim seu doce veneno?
Ou me amaria pois sabe que não minto
E ver que por te estou quase morrendo?

Nunca por outro alguém chorei
Mas por vós minha vida é só pranto
A tristeza me tortura que já nem sei
Quando de mim sai esse encanto

Vós está sobre mim como uma casca
Que cutuco pra tirar da minha pele
Mas parece que nem assim você deslarga
Pois se pregou em mim que já nem cede

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Aquele

Eu quero aquele sentimento
Aquele, lembra?
Faz tanto tempo, tanto tempo mesmo
Eu quis estar assim
Em fim cansei de me não me iludir
Estar tão seguro de si
Preciso daquele sentimento
Que faz crer que preciso
Que simplesmente preciso
Aquele! Não lembra mesmo?
Eu digo isso mas faz tempo que só o vejo de longe

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pedido










Dái-me um beijo
Cadê? não vejo
Dái-me outro beijo que eu possa notar e anotar a precisão com que encaixa nos meus lábios
Vamos!novamente!
Ah, não vale selinho, nem quero só o beijo pois eu te almejo mas é de corpo inteiro
Teu bumbum e teu peito
Eu quero um pedido
Diga-me o que deseja
Lhe trarei com certeza
Nem que seja uma simples borboleta
Eu quero logo o beijo
Sutil e perfeito
Que se danem as borboletas

sábado, 3 de janeiro de 2009

Em Branco

Silêncio!
Estou sorrindo
Estou andando
Veja só o que acabou acontecendo
Tudo se foi por agua abaixo
Há tantas coisa para fazer
Principalmente quando os livros estão todos espalhados
O que eu sonhei nem se tornou pesadelo nem nada, virou um vazio expressivo
O que sonhei foi bobo
Sinto falta de nada
Tudo sempre foi assim
E acho que se queixar de algo seria um tanto anormal
Estou seco, sem nada do que recordar, ao menos para passar mais rapido as horas vazias e melancólicas que fico rindo e andando no meio do tempo
Olhando e lendio livros que nunca se renovam
Num lugar onde tudo deveria ser melhor nos meus sonhos que já nem acontecem
Tudo inexiste!
Queria uma companhia
Alguém que não tivesse cordas ou páginas

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Explicação

Se meu poema chora
Tudo foi jogado fora
Dado que nem esmola
Colocado numa sacola

Se meu poema é triste
Pois a felicidade não existe
E viver apenas consiste
Em busacar alguém que já foi embora

A Ótica do Corpo

Não que eu goste
Não que eu queira
Não que eu precise
Não que eu chore
Não que eu saiba
Só falei
Nem pensei
Já nem sei
Só pensei
Eu pensei em bons livros, bons filmes
Eu pensei no que eles me dizem
Tentei me empenhar em algo
Mas o ócio cobre meus projetos
A falta, essa ausência eterna de algum estímulo que explique a estrada que caminho
De uma asfalto do sangue das almas que esqueci
Eu não lembro mesmo de nada
Queria que soubesse isso
Eu nunca lembro de você
Não que eu não goste
Simplesmente eu a enxergo só com os olhos e não com o corpo

Poema das Vidas Curtas e Inférteis

Se eu amasse como queres
Viveria no desleixo
Tendo constante pesadelos
De um amor que não me serve

Pois só me enche de tristeza
Talvez um dia eu esqueça
Cabeça e tronco então se ergue
Pra outra batalha de amar
Sem mais rancor ir a enfrentar
Vidas vazias, vans, estéreis

Simplesmente













Sentimentos vazios me rodeiam
Sentimentos de puro sofrimento
Eu não vivo mais, eu não respiro mais
Fixou em mim teu espelho
Agora sempre vejo teu reflexo de negação , de impossibilidade
Ficar no teu domínio não é o que lhe convém?
Claro que não , sou imagem impensada
Tão esquecida quanto a paz
Uso assim essa metáfora
E a uso quantas vezes puder pois se esperneio por um sonho infame
tenho direito ao menos de falar que não ganho nada com isso tudo e que seus sentimentos em mim não chegam
Eu só reclamo,
Ainda posso
Mas e depois?
Eu morro!

Naglyv

Deslumbrante visão vós me oferece
Os dentes alvos, o peito macio
Agora sei que se de te se esquece
Aqui em mi só reina o vazio

Tenho que a cada segundo recordar
O quão tu foi um lindo desejo
Que em meu ser conseguiu aflorar
A ânsia incessante de te dar um beijo

Devo eu reclamar dessa tortura
Se esse desejo em nada me fere?
Pois te almejar é tão boa loucura
Que causa em mim prantos em série

Te jogar fora jamais farei
Abstrato ser da minha mente
O que quiser pra te serei
Já que eu o sofrer por vós só sente