sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Ótica do Corpo

Não que eu goste
Não que eu queira
Não que eu precise
Não que eu chore
Não que eu saiba
Só falei
Nem pensei
Já nem sei
Só pensei
Eu pensei em bons livros, bons filmes
Eu pensei no que eles me dizem
Tentei me empenhar em algo
Mas o ócio cobre meus projetos
A falta, essa ausência eterna de algum estímulo que explique a estrada que caminho
De uma asfalto do sangue das almas que esqueci
Eu não lembro mesmo de nada
Queria que soubesse isso
Eu nunca lembro de você
Não que eu não goste
Simplesmente eu a enxergo só com os olhos e não com o corpo

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