domingo, 15 de janeiro de 2012

Pequeno

Não chore meu pequeno, minha culpa se materializa nas suas lágrimas
No seu olhar por natureza triste que agora se desespera por conta do meu egoísmo
Há sim pessoas boas que vivem o que for sendo e estão preparadas para o mundo
Há quem nunca esteja e toda perda traz à tona essa inaptidão
O amor é valioso mas ao mesmo tempo perigoso
Você mente, eu sofro, você age com frieza, eu surto, você se isola e eu vou te buscar
Te busquei de forma errada e ainda tirei seu mundo e o coloquei em outro que ainda não estava construído
Agora você tenta se equilibrar para não cair em um buraco negro
Você ainda cheira em mim como uma fruta, suculenta, porém de textura frágil
Era você meu pequeno, meu orgulho
Meus olhos, agora taciturnos pois, sem o prazer de te observar e tocar tua linda existência
Era sua tristeza meu amor, era somente sua tristeza, e fazíamos disso felicidade
Eu tentei nadar, eu juro, eu tentei ser um habituado a ausência surpresa
Mas mesmo com tanto amor o medo ainda me guiava
Eu estava me afogando no seu mar, na sua volatilidade
Ah meu amor, ainda o tenho assim, sem nada mudar, por que fiquei louco
Você me odeia, entendo tudo
Não me odeie agora por que quero pensar que mesmo tendo tirado seu mundo no meu mais completo desequilíbrio, acredito piamente que seja capaz de construir um novo mundo onde poderá habitar e viver o que for sendo com aptidão

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