sábado, 24 de outubro de 2009

Poema das mãos lavadas

Peguei o telefone
Disse o que aconteceu
Nada
O que aconteceu
Foi isso
Meu esforço para um enlace
Meu sofrimento por falar demais
Agora eu saio, eu deixo todas as ações
Eu me resigno na minha irracionalidade
Rôo as unhas, rôo o tempo
Fico feliz por saber que estou sem culpa
Mesmo assim eu vou ter que ceder?
Não espere mais... E esperava?
Rôo as unhas, rôo o tempo
Vou chorar de raiva
Vou ficar no meio do tempo
Vou amarrar-me numa cadeira
E lembrar que a culpa é sua o dia todo numa gravação que farei
Num desenho que rabisquei
Numa imagem que eu sei
Que a culpa é sua
E eu o condeno
E eu o condeno 
Lavo as mãos agora

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