
Essa sensação nova de não ter mais medo de perder aquilo que ainda tenho tanto amor. Pois é, estou me saindo um belo idiota. Eu odeio o silêncio dos meus elogios. Ainda me iludo ao esperar uma retribuição a altura. Ridículo!
Tudo inconformismo, pode investigar, é somente uma frustração reinante de estar sempre pedindo algo, que me desorienta. Há dias não escrevo, justamente por que ando falando demais, mas o fato é que essa minha tagarelice é sinal de felicidade, coisa que me é estranha; inesperadamente veio. Uma felicidade que é minha e isso é ruim. Eu fui quem tentou ficar nesse estado de alegria. Sentia que meu orgulho estava morrendo, alguém como eu não pode perder nunca essa cabeça dura já que sou fraco e impaciente e sem tal sentimento facilmente seria humilhado, coisa que já acontece na minha vida doméstica por aqueles a quem as providências econômicas engendraram um sentimento de superioridade e justificação pra tudo.
Contudo, quero falar de mim inserido na vida de outrem. Será que nunca vou me conformar em ser uma criatura de qualidades extremamente implícitas? Estou condenado a passar o resto dos meus dias num esforço exorbitante de mostrar o que tenho de bom para ganhar elogios pobres? Sou muito exigente, não nego!
Isso tudo que chamo de percurso não tem sido muito bom. Há quem diga: tudo orgulho. A felicidade, contudo que preciso pra poder me iludir é quase muda.
A personagem, que não se identifica